quarta-feira, 4 de agosto de 2010

1978 - Burro amigo, a Berlenga está contigo




















Com a «boca» lançada por Kadhafy na OUA, pretendendo agitar os  movimentos de independência dos Açores e Madeira, é impressão dominante que a Berlenga se encontra igualmente abrangida pelos maquiavélicos planos de subversão e insurreição congeminados na mente daquele ambicioso político.

Atenção, portanto, à Berlenga, não vá pois surgir ali, quando menos se esperar, uma qualquer "Frente de Libertação da Berlenga" (sigla F. L. B.) inspirada em tais  intenções. — E quem saberá. até, se no andará  mesmo já por lá, muito encapotada?

Atenção, Berlenga, muita atenção!

De qualquer modo, Como vale mais a pena prevenir do que remediara melhor será criar imediatamente uma frente de sinal contrário  que, indo até, ao encontro das milenarias e justas aspirações dos berlengueiros (não confundir com berlingueiros de Berlinger) se apresente como uma poderosa força desencorajadora de todas essas veleidades de independência
visto que, no fundo não passaria de mais um passaporte para a dependência de um qualquer imperialismo A gente sabe disso.

Ora a jogada revolucionária que a conjuntura do momento aconselha é essa exactamente que o leitor já esta a pensar:  Dar à Berlenga, MAS JA, o Estatuto de Região Autónoma ainda que to.dcs os Kadhafys do mundo não deixem de insistentemente berrar aos quatro ventos que aquele vaste territorio continua a ser uma ilha-colónia.
Um problema, aparentemente, pode levantar-se de momento:  Quem presidiria ao primeiro elenco governamental?
- Fazer campanha eleitoral? Qual campanhas qual carapuça? isso só serve para dividir o povo o que, na actual circunstância, seria de funestas consequências.
Bm períodci revolucionário, sicmedidas •revolucionárias que se tomama é a legalidade revolucionária que conta, o resto São cantigas. A persmalidade mo ntestada
para pr.e&d i r só pode ser uma: OLENDARIO E TÃO QUERIDO BURRO DA BERLENGA ! «Buirrbs há muitos ma ajuizados só há um: o da Berlenga e mais nenhum
é que por lá se diz e por certo cem fundada razão. Acusado pcr algun’s, em certa altura, como reaça, saudosista d’um passado opressor, •etc, etc, devido a determinadas atitudes violentas
por ele as’urnidas contra pessoas de ideologias que não acei’ta e apodado, mais tarde? pelas bocas da reacção como ciomuna pc•r se ter inerpretado a »ua agressão ao en-e
tão detentor do poder oca1 na .ilha - cy farolei’r - como ten- tati’va de usurpação desse mesmo poder, a ‘verdade é que o tempo veio a demonstra’r que nada de pol’ítico o moveu nesses seus actos. Bern peto contrário, em deixar de ser urna figura contrcversa2 mêstrou iLS•5’O Sim, que é dotado duma personalidade ‘forte, todo firmeza, -todjo ccerência, um incorruptível à
prova de bala e acima de tudo pasmem ó descrentes d s burros! um elevado espirito democratici. Os leitores lembram-se quando, em determinado período a sua agressi’vidade se tornou, de facto preocupante ao prodigalizar a todos C’s indesejáveis a doçura dos seu’s beijo’s (e quem não aprecia os den-e tais beijos de burro?) ou as sua-
ves ca»icis das suas patas maldosa-mente designadas por coices? Vá, en.tãoa de se fazer, apto-po’t’to, as mais aI’eivcsas oonjectu
ras teimando-se em dar sempre um ‘vincado sdgnif’icacto políticc. a essasatitudes mas que, no fundo •não passavam de manifestações pura-mente temperamentais onde a sua
e m ct i-v k! a d e pr im ir i a exp I odia.Mas as intrigas fervilhavam, os partidas emitiam c•ornuiicados e não houve outro reniédiio senão pôr em marcha um ardiltc$o processo
de investigação. — E de que havia d’e 1embrar-se a judiciiria lá do Sitio? ImagttTem, a[r3ílJar-Ihe urna amante (urna amante-espia, clat’o)
na pele duma burrinha muito’ en- graçada, muito cocote, simpatiquls sima e que fosse capaz de romper
a muralha de sc’lidão em que se escuda, na revol’ucionária esperan-
ÇI de obter dele a confissão poiltica desejada.
Mas e1:e burro incorruptível à prova de bala, ante os olhares e os sorriS’. ‘s empastadcs de ternura da rnanhosamente dócil burrinha limitou-se apenas a ter para ela um
fulminante olihar de desprezo que esfrangalhando-a por completo nc seus intents, nada mais lhe restou “do que meter o rabinho entre as pernas e recolher a penates tremen-
damente h’:1hada. Os leitores sabem que foi assim mesmo pois que na altura os jar- nais muito falaram cka assunto. E iembram-se também que face a este fracasso, mas sem esquecer nunca o! grandes êxitos que a nivel mim dial pelas vias do amor se temobtido (e quem não sabe como a alcova tem SKL0 um manancial de
sensacionais revelações políticas) vá d*e se cons’eguir urn despachogovernamental que impos a deslo cação do burro a Peniche onde a
mesma judiciaria, por artes d’e ber-liques e berkques lhe hava deapresentar uma outra burrinha, mais sabidona do que a primeira, bem entendido e. . . Aparentemente muito mais «sex appeal». Tcdavia, teIç o tal incorruptíve1 à prova de bala, um autêntico monsttro de insensibilidade ante o tran$’vasair de meiguice da bur1rinha mantinha-se imperturbável’. Nem um sinipFe olhar de comiseração! Po-
rém, em dado momentc orientan- do para ela, com uni aterradt ‘r ar Escusado seria dizer que de tudo ‘isto só havia de resultar uma res-plandente aura de prestígo à volta
do já tão .popular barro da Berlenga agora efectivamente apeltdado com toda a propriedade por toda a população brlengu.eira co-mc... issio mesmD, o incorruptivel.
Mas referimos também atrás o seu elevado espírito democrático. Ora como os leitores também devem estar 1embradcs houve há tempos um grupo de ioneiros, de homens de boa-vontade (oriundos dum leque parti&rio que ia do MDP ao PPD) que quiseram 1m- plantar na Berlenga um novo tipo de sociedade e que f’ose a de-monstraç viva de que os homens,
quaiisquer que selam as suas idec-. logias, s& efectivamente capazes duma sahitar convivencia pacifica geradora de progresso e bem-estar.  Cansados d’e propagandas e pres-.
s5es partìdrias que nada mais conseguiam d’o que po-ios a espir rar ód’ic uns sobre os outros ani maya-os, ‘pois, a ideia de dar ao(caìithìua na pág. 5)
Muita de supericridade. toda a severidade da sua lacAar sentiu-se que dos seus olhos furbunds se despren dia uma saraivada de fulminantes flechas de raiva e desprezo que a
deixaram hirta petrificada, diria mesmo, física e psic.’lógicamente
mrta, omo se uma bomba de neutrões a tivesse atingido.
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